Invasão, desconstrução… Vazio d’alma. Foi tudo o que restou de breves amizades amadas, da traição, das máscaras. Não podia entender como a intensidade poderia ser tão diretamente proporcional à brevidade, ao desiludir.
Por certo momento se encontrou criança de cinco anos, abandonada e com frio, sozinha. Tudo estava longe de seus pés o mundo havia se desmoronado de tal forma que o tal entender era complicado demais.
O estado de ser criança acabou sendo passageiro, um baque fazendo tudo levantar, tudo esclarecer.
Estava mais centrada e ponderada sentou e debulhou as palavras que deveria debulhar, não foi um trabalho muito laborioso, palavras simples para tão complicado momento, construções gramaticais absurdas, tudo direcionado a eles.
Para ter certeza de que não rasgaria os papéis escritos ou os guardaria engolindo a seco sua cólera, resolveu ir ao correio e mandar todo o pensamento de vez única e dolorosa.
Começou a colocar pontos finais e amarrar as histórias, os finais não ficariam mais soltos, do jeito que o diabo gosta. Não! Isso não mais, ela tomaria conta de tudo e de todos na sua vida. Essa foi a decisão maior.
Tudo estava limpo, pelo menos parecia, para acolher novas efemeridades. Até uma nova queda e o aparecimento de novas resoluções.





